Ir para o conteudo 1 Ir para o menu principal2

Usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no Portal Dataprev. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nosso Aviso de PrivacidadeAo continuar navegando, você confirma que leu, compreendeu e consente com a utilização de cookies.

Atualizado em: 
seg, 30/06/2025 - 17:14

Evento aconteceu no auditório da Dataprev, em Brasília, e destacou produções  sobre diversidade, responsabilidade do setor público e privado pela preservação do meio ambiente e a valorização de povos originários

Dois homens sorriem enquanto seguram placa de premiaçãoNa noite desta terça-feira (17), o auditório da Dataprev, em Brasília, foi o palco da Premiação da Mostra Acervos, evento de encerramento do Circuito 10º Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que levou exibições e debates para todas as regiões do país ao longo deste primeiro semestre. A iniciativa prestigiou produções audiovisuais que chamam atenção para as temáticas de diversidade, responsabilidade do setor público e privado pela preservação do meio ambiente e a valorização de povos originários.
 
A solenidade contou com a presença de representantes da Dataprev, patrocinadora do evento, do Arquivo Nacional, que o promoveu, da Flacso Brasil, co-realizadora, e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), uma das 12 instituições apoiadoras. 
 
A Mostra Acervos reuniu obras inscritas pelos produtores no início deste ano e ficou disponível para exibição em streaming temporário criado pelo festival neste primeiro semestre do ano,  acumulando 4.040 acessos. A premiação se deu por júri popular, que somou 1.833 votantes.
 
O grande vencedor da noite foi o documentário “A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça”, produzido pela equipe de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4). A obra, que também pode ser conferida no canal oficial do tribunal no YouTube, registrou os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, e levou o primeiro lugar em todas as categorias, de Melhor Pesquisa, Edição de Imagem, Roteiro, Direção e Filme. 
 
Público sentado no auditórioO filme conta como o tribunal lidou com a enchente, sendo o local que abriga um acervo de processos trabalhistas datados de 1935 a 2000, que refletem a trajetória de trabalhadores brasileiros e acumula valor histórico, com certificado de patrimônio da humanidade pela Unesco. Representando o órgão, o analista jurídico da secretaria de comunicação social Érico Ramos conta que a sede se localiza no centro de Porto Alegre e ficou debaixo d’água por 30 dias, um volume de alagamento que chegou a 5 metros. 
 
“Foi feito um trabalho maravilhoso, com apoio das universidades, abrindo folha por folha, com todo o cuidado, secando; toda a reconstrução da estrutura e a manutenção do trabalho. Muita gente trabalhou naquele momento e também fazendo coisas fora do tribunal, de ajuda humanitária. Esse reconhecimento traduz um pouco do esforço de todo mundo para seguir firme e poder cumprir com nossos deveres”, disse Ramos. 
 
Ao todo, foram distribuídos 15 prêmios, do 3º ao 1º lugar em cinco categorias. Veja a lista de vencedores abaixo:
 
  • Melhor pesquisa
1º - A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça, TRT-4
2º - O que sobra de tudo que falta, UFSM 
3º - Terras Brasileiras, Câmara dos Deputados
 
  • Melhor edição de imagem
1º - A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça, TRT-4
2º - O que sobra de tudo que falta, UFSM
3º - Caleidoscópio - Histórias LGBTQIA+ do Rio Grande do Sul, CLOSE (Centro de Referência de Histórias LGBTQIA+ do Rio Grande do Sul.
 
  • Melhor direção
1º - A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça, TRT-4
2º - O que sobra de tudo que falta, UFSM
3º - Terras Brasileiras, Câmara dos Deputados
 
  • Melhor Roteiro
1º - A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça, TRT-4
2º - O que sobra de tudo que falta, UFSM
3º -  São Francisco de Assis: década de 30, Arquivo Público Municipal de São Francisco de Assis
 
  • Melhor Filme
1º - A grande enchente de 2024 e a reconstrução da Justiça, TRT-4
2º - O que sobra de tudo que falta, UFSM
3º - Terras Brasileiras, Câmara dos Deputados
 
Saiba mais sobre as obras no site do festival.
 
Conexão cultural
 
O diretor de Relacionamentos e Negócios da Dataprev, Alan Santos, destacou que o apoio ao festival Arquivo em Cartaz é um dos ganhos construtivos da vinculação da empresa ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), ao qual o Arquivo Nacional também se integra. 
 
“Isso abriu portas importantes para a empresa se conectar com áreas que conversam com a finalidade para qual ela foi criada. Para além da previdência, a Dataprev tem a vocação de cuidar das pessoas, das políticas sociais, de assistência, trabalho e essa janela muito importante da agenda do arquivo, que valoriza o acervo histórico do Brasil, tão rico e plural”, afirmou.
 
Santos ressaltou, ainda, o objetivo do festival e da mostra, que é difundir o patrimônio cultural brasileiro. “A história só se torna viva na medida em que as pessoas a estão consultando. Se um acervo ficar restrito a um grupo pequeno, não cria as pontes que refletem a cultura que este país tem.”  
 
Exibições do circuito
 
A mostra faz parte do circuito do festival, que reuniu também outras obras selecionadas em curadoria coletiva, incluindo a participação da superintendente de Planejamento Estratégico da Dataprev, Marjorie Bastos, nesse processo. As exibições presenciais ocorreram em diversas cidades, como Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Natal (RN), São Cristóvão (SE), Porto Alegre e Santa Maria (RS), Manaus (AM) e Salvador (BA), acompanhadas de rodas de conversa com produtores e especialistas.
 
Durante a cerimônia, a diretora geral do Arquivo Nacional, Mônica Lima, celebrou a marca expressiva de 2.475 pessoas e espectadores que participaram diretamente das exibições e debates em todo o país. “Com o tema ‘Memórias da Terra em Filmes de Arquivo’, o festival mobilizou ações em prol da sustentabilidade e do enfrentamento das mudanças climáticas em diálogo com a COP 30 e os compromissos do Ministério da Gestão e da Inovação e Serviços Públicos”, enfatizou.
 
Segundo ela, a mensagem principal é valorizar “o poder dos arquivos". “Arquivos guardam registros para fundamentar as questões do presente e garantir o futuro. Que as memórias da terra, guardadas e compartilhadas, continuem a nos inspirar na construção de um país mais justo, plural e sustentável”, concluiu.